Animal estava no terceiro andar do Edifício Leme, em Jardim Atlântico.
Metade dos 16 apartamentos desmoronou na noite da quinta (27), deixando seis mortos e cinco feridos.
Bombeiros usaram guindaste para retirar cadela do terceiro andar do Edifício Leme, em Olinda João Neto/TV Globo Um dos animais que ficaram presos no Edifício Leme - prédio que desabou parcialmente na quinta (27), em Olinda -, a cachorra Bela foi resgatada na manhã deste domingo (30).
Para retirar a cadela, que estava no terceiro andar do imóvel, o Corpo de Bombeiros utilizou um guindaste.
Compartilhe no WhatsApp O resgate foi realizado três dias depois que metade dos 16 apartamentos do prédio desabou, deixando seis mortos e cinco feridos.
Além de Bela, havia informações de que também estava no local um gato chamado Menininho.
No entanto, o felino não foi localizado pelos bombeiros.
A operação teve início por volta das 9h45.
Os bombeiros utilizaram um guindaste para subir até o último pavimento do edifício e entrar no apartamento pela varanda.
A cadela passou por avaliação, na companhia da tutora, a comerciante Monique Lima.
No sábado (29), em entrevista à TV Globo, Monique contou que desceu pelas grades do prédio quando o edifício começou a desmoronar e não conseguiu levar os animais com ela.
"Estou em estado de nervos.
Perdi meus amigos que moravam aí junto comigo há muito tempo.
Minha cachorra está presa lá cima, porque não consegui soltá-la na hora.
Enfim, uma tragédia”, falou, emocionada.
Depois do desabamento do Edifício Leme, os bombeiros também resgataram três cachorros com vida.
Na manhã do sábado, foram retirados mais um cachorro e um passarinho - que estavam num apartamento onde moravam duas pessoas que conseguiram escapar.
Cachorra Bela e a tutora Monique após o animal ser resgatado de prédio que desabou em Olinda João Neto/TV Globo Área do prédio foi isolada Após a conclusão do trabalho de buscas das vítimas atingidas pelo desabamento do Edifício Leme, a prefeitura de Olinda, no Grande Recife, isolou a área com tapumes, na manhã do sábado.
O prédio fica na Rua Acapulco, em Jardim Atlântico.
Segundo a gestão municipal, a Defesa Civil vai fazer uma vistoria técnica complementar no local.
As buscas foram concluídas na madrugada do sábado, quando os bombeiros encontraram o corpo da última pessoa que estava desaparecida.
A vítima, identificada como Maria do Socorro Oliveira da Silva, de 60 anos, foi retirada dos escombros à 1h19, segundo o Corpo de Bombeiros.
O Corpo de Bombeiros informou que as equipes de resgate foram desmobilizadas por volta das 3h da madrugada de sábado, após o resgate do corpo da última vítima.
Dos 16 apartamentos do prédio, oito desabaram.
O secretário de Defesa Civil de Olinda, coronel Valdy Oliveira, disse que a parte da edificação que não desmoronou tem risco "elevado" de cair.
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"Até a olhos vistos dá para verificar que na base existem algumas rachaduras, que são bastante importantes", informou.
De acordo com a prefeitura de Olinda, o laudo final do desabamento será enviado à Procuradoria-Geral do município para dar "maior celeridade" ao processo de demolição do prédio pela Caixa Seguradora.
A gestão municipal disse ainda que irá prestar assistência social às vítimas e seus familiares, buscando o ressarcimento da seguradora responsável.
O prefeito da cidade, Professor Lupércio (Solidariedade), decretou luto oficial de três dias.
Mulher de 30 anos teve alta Ao todo, onze pessoas foram atingidas pelo desabamento.
Entre os cinco feridos, estava Luany Carneiro da Silva Nascimento, de 30 anos, que, após o acidente foi levada ao Hospital Miguel Arraes, em Paulista.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou neste sábado que, após a realização de exames, Luane recebeu alta na noite da sexta (28).
Ela era casada com Rodolfo Henrique Pereira da Silva, de 31 anos, que morreu no acidente.
O casal mantinha um restaurante que fazia entrega de almoço.
Além de Luany, outras quatro pessoas foram resgatadas com vida: ? José Ebenezer, de 53 anos, resgatado vivo dez horas após ser soterrado e levado para o Hospital da Restauração: sofreu trauma nas pernas e passou por cirurgia; ? José Fernandes da Silva, de 44 anos, internado no HR: teve fratura na mão e passou por cirurgia; ? Lais Letícia de Lima Silva e Jenifer Cristiane Paiva dos Santos, ambas de 25 anos, encaminhadas para a UPA da PE-15, em Olinda: chegaram à meia-noite e tiveram alta às 2h da sexta (28).
Quem são as vítimas do desabamento Além do corpo de Maria do Socorro Oliveira da Silva, de 60 anos, encontrado na madrugada deste sábado (29) pelos bombeiros, também morreram no desmoronamento de parte do Edifício Leme outras cinco pessoas.
Na noite da sexta (28), o Corpo de Bombeiros encontrou os corpos de Juliana Alves, de 32 anos, e Flávia Alves, de 16 anos - mãe e filha.
Elas moravam no prédio havia dez anos.
Segundo a corporação, as vítimas estavam abraçadas sob os escombros.
O corpo de Maria José Barbosa, de 52 anos, foi localizado na tarde de sexta.
Durante a noite de quinta (27) e a madrugada de sexta (28), foram resgatados sem vida o dono de restaurante Rodolfo Henrique Pereira da Silva, de 31 anos, e o adolescente Heverton Benedito dos Santos, de 13 anos.
Prédio desaba e pega fogo em Jardim Atlântico, Olinda O que aconteceu Metade dos 16 apartamentos do Edifício Leme, localizado na Rua Acapulco, em Jardim Atlântico, desabou por volta das 22h da quinta (27).
Moradores vizinhos ao prédio disseram que, primeiro, ouviram um grande estrondo e, depois, a estrutura pegou fogo (veja vídeo acima).
Os bombeiros informaram que foram acionados às 22h08 para a ocorrência, chegando ao local 20 minutos depois.
Foram deslocadas três viaturas de resgate, três viaturas de salvamento e uma viatura de combate a incêndio.
A Defesa Civil de Olinda também foi ao local após o acidente.
Prédio estava interditado desde 2000 O edifício estava interditado desde o ano 2000, segundo a prefeitura.
De acordo com o trecho de um laudo ao qual o g1 teve acesso, a edificação tinha "sérios problemas" de estrutura; entre eles, o acúmulo de água dentro do imóvel.
A ocupação de prédios com risco de desabamento é uma realidade presente há mais de 20 anos no Grande Recife.
Desde a década de 1990, a TV Globo registrou, ao menos, nove casos de desmoronamentos.
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Publicada por: RBSYS
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