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Tocantins inicia projeto de reabilitação de homens presos por agredir mulheres

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Tocantins inicia projeto de reabilitação de homens presos por agredir mulheres

O atendimento às vítimas e o afastamento dos agressores são as prioridades no combate a este tipo de crime.

Um projeto que foi implantado no Ministério Público do Tocantins tenta romper o ciclo da violência tratando de outro elo dessa corrente.

No TO, agressores de mulheres participam de projeto de reabilitação O combate ao feminicídio é um desafio nacional.

No Tocantins, o Ministério Público, a Justiça e profissionais de saúde iniciaram um projeto de reabilitação agressores de mulheres.

“O machismo, né, de, às vezes impor alguma regra ou às vezes falar para a pessoa não usar um tipo de roupa, que eu não acharia adequado ela usar.

Então, assim, querer manipular a outra pessoa, querer mandar na outra pessoa.

” “Eu percebia que vinha tendo atitudes violentas, só que não sabia como resolver.

” Esses são depoimentos de homens que foram levados à Justiça por agredir mulheres.

Nos dois casos, o mau exemplo passou de pai para filho.

“Na minha família, meu pai era uma pessoa bastante agressiva, meu tio também.

Era envolvido com bebida alcóolica e agredia minha mãe, minhas tias.

” “Eu convivi com essa agressão dentro de casa por bastante tempo e, quando você convive com esse tipo de agressão, você começa a assimilar que isso seja correto.

” Só nos seis primeiros meses deste ano, o Brasil registrou mais de 31 mil denúncias de violência contra a mulher.

O atendimento às vítimas e o afastamento dos agressores são as prioridades no combate a este tipo de crime.

Um projeto que foi implantado no Ministério Público do Tocantins tenta quebrar esse ciclo da violência tratando de outro elo dessa corrente.

Em uma sala, os agressores têm acompanhamento de equipes especializadas e conversam entre si e com psicopedagogos.

A meta é refletir sobre as origens do próprio comportamento e evitar que eles voltem a cometer o mesmo tipo de crime.

A ação conta com a parceria com Poder Judiciário e das forças de segurança.

“Faz com que eles possam refletir a postura, e sem violência.

Analisar que eles podem resolver os conflitos.

Eles podem usar da fala para expressar seu sentimento e não partir para agressão”, afirma Leila Lopes, psicopedagoga do Núcleo Maria da Penha MP/TO.

A professora da Universidade Federal do Tocantins e pós-doutora em estudos feministas Gleys Ramos explica que o debate sobre violência doméstica não pode se esgotar apenas entre as mulheres.

“O ideal de se conversar sobre violência, sobre direitos das mulheres é se conversar com os homens, porque eles são, nesses espaços, os usados como ferramenta da violência contra as mulheres”, explica.

Os participantes são selecionados pelo Poder Judiciário e cada um tem que ir a pelo menos 10 encontros.

O projeto prevê que quem deixar de comparecer não pode receber benefícios judiciais ao longo do processo.

Quem não for encaminhado pela Justiça também pode participar voluntariamente.

Segundo o Ministério Público, os primeiros resultados são animadores.

“O projeto é baseado em experiências que tiveram sucesso em outros estados.

Cerca de 80% dos homens que frequentavam esses grupos reflexivos, esses cursos de reabilitação, não voltaram a delinquir neste tipo de crime em específico”, diz a promotora Isabelle Figueiredo, coordenadora do Núcleo Maria da Penha MP/TO.

“A vida é uma eterna construção.

Todo dia a gente aprende alguma coisa e todo dia a gente reaprende alguma coisa.

Então, todo dia é um dia novo para se aprender e para se adequar.


Publicada por: RBSYS

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